sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Notícias falsas

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”.
Atribui-se esta frase a Paul Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler na Alemanha Nazista.
Desde os primórdios da humanidade, a mentira tem sido uma das mais poderosas armas utilizadas para as mais diversas finalidades, e a maioria destas nunca foram/são voltadas para o bem coletivo ou prezaram por um final feliz.
Com o passar do tempo e evolução das mídias, a mentira encontrou na internet um canteiro fértil e mais que perfeito para lançar suas mais profundas e obscuras raízes.
A fotografia é manipulável. As palavras, mais facilmente ainda. Juntas, suas potências se desdobram, e quanto mais rápida for a reprodutibilidade do contexto, maiores as chances de atingir seus objetivos. Memes, vídeos (ficção/docs), músicas. Os recursos áudio visuais em mãos erradas já demonstraram sua eficácia em nossa história.
Hoje, a facilidade ao acesso às tecnologias digitais aliada à ganância, à falta de tempo, de conhecimento, até mesmo à preguiça e ao desinteresse da verificação dos fatos pelos espectadores tem sido um prato cheio, que tem sido servido e devorado ainda quente, sem nenhum tipo de questionamento ou degustação de seus sabores (ou dissabores?)
A cada clique ou compartilhamento destes conteúdos, empresas especializadas são alimentadas e faturam oceanos de dinheiro para espalhar boatos e semear a discórdia pelas redes. Softwares são desenvolvidos para interagir autonomamente em nome daqueles que podem pagar mais.
Ver é diferente de olhar. Ler é diferente de interpretar.
Precisamos estar alertas o tempo todo. A indústria da mentira é vil e ardilosa e jamais descansa.