quinta-feira, 22 de março de 2018

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Onde você aprendeu a sentir tanto medo?

Serena só se deu conta de que estava acompanhada ao escutar a frase pronunciada pelo rapaz sentado à sua frente. Ele estampava uma tristeza profunda no olhar ainda fixo na mão de Serena, que recuava sobre a toalha impecavelmente limpa.
A pergunta se repetia no pensamento da moça. Por impulso, culpou primeiro a avó por tê-la criado com tantas restrições, por não tê-la deixado sair sozinha, falar com estranhos, entrar em um elevador só com homens ou andar na rua à noite. “É para sua segurança, minha filha”. Mas ela era jovem, não queria sentir-se segura, queria viver.
Insatisfeita com o comportamento da neta, a avó passou a contar histórias terríveis sobre mulheres que “se descuidaram”, convencendo Serena a evitar tais sofrimentos a qualquer custo. “Você não quer acabar como a sua mãe, não é?”.
Não queria, mas, mesmo assim, foi impossível fugir do triste destino. Em um dia de distração, notou tarde demais que um homem estava grudado em seu corpo no vagão lotado do trem. Invadida pela culpa, manteve-se calada durante todo o expediente, vestindo a roupa impregnada pelo pecado daquele homem mau. Aliviada por não terem reparado nas manchas em sua calça, voltou para casa com pressa, despiu-se e lavou a roupa e o corpo em segredo.
A avó nunca soube daquela nem de tantas outras violências sofridas pela moça – como no dia em que não foi promovida no trabalho porque o chefe queria mais do que uma mera secretária. Serena recusou os avanços do patrão em silêncio e também se calou quando o doutor a demitiu, dizendo: “mulher é bicho que sangra, com emoções complicadas demais”.
Traumas como aquele formaram pequenas rachaduras em seu coração inocente, que só pensava em ser livre e viver em paz. Quanto mais fugia do medo, mais ele a perseguia, mais o perigo espreitava, com seus trajes masculinos e mãos brutas, sedento pelo corpo e pela alma de Serena. Era refém da sensação de que aconteceria de novo, de que um dia a tocariam sem o seu consentimento, de que, como sua mãe, seria levada dessa vida “em nome do amor”.
Que amor é esse, que mata e sufoca? Serena concluiu que o amor também era culpado pelo medo que a paralisava e, como medida de proteção, decidiu vestir com orgulho uma carranca ameaçadora. Aposentou os sorrisos e parou de fazer jus ao seu nome, vivendo em constante estado de apreensão. O nervosismo passou a acompanhá-la como um carrapato a sugar suas energias.
— Onde você aprendeu a sentir tanto medo? – perguntou a si mesma, já sabendo a resposta. Com os olhos baixos e o coração apertado, Serena teve a certeza de que aquele encontro jamais se transformaria em algo além de um simples jantar. Pediu licença, levantou-se e partiu, sem olhar para o rosto tristonho do rapaz incrédulo.
Lembrou-se de uma citação de alguém cujo nome era uma incógnita: “A sombra do medo paira constante sobre a vida da mulher”. Quem quer que tenha escrito aquilo tinha razão. 


Por Mariana Zambon Braga 

Quantos personagens você conhece?



A cultura como tudo no mundo não tem uma definição estática. A cultura na Grécia Antiga era muito ligada à filosofia e consistia em saber discorrer sobre determinado tema através do auto questionamento até achar em si mesmo a resposta a suas dúvidas. Após a Revolução Industrial, cultura tornou-se conhecimento enciclopédico devido à necessidade do trabalho repetitivo nas linhas de produção. Quantos de nós não estudamos decorando toneladas de nomes, datas, fatos históricos, dados, fórmulas, etc. Hoje cultura adquire uma nova visão, onde o indivíduo busca soluções utilizando informações que ele seleciona com essa finalidade. Sua capacidade de encontrar soluções, respostas, etc., utilizando um arsenal de informações que ele tem que saber selecionar e melhor adaptá-las ao problema em questão. Isso em função da facilidade que se tem de obter informação via Internet.

Acredito que cultura seja uma somatória de tudo isso. Necessitamos da capacidade de análise e autocrítica, como necessitamos de um pouco de conhecimento geral e também precisamos dessa capacidade de selecionar e escolher informações para achar soluções aos nossos desafios diários.
Há tempos que vem surgindo na Internet uma imagem onde aparecem pintados os personagens que mais tem influenciado na História Mundial. É um trabalho muito interessante que reúne, sem exceção as maiores celebridades da história. A grande maioria deles, no entanto, são hoje desconhecidos para as novas gerações por uma série de fatores como a péssima qualidade da educação, etc.
Clique na imagem para ampliar e descubra quantos você reconhece. Se a ampliação não for suficiente, salve a imagem e amplie no seu computador.




 Faça o mesmo com a segunda imagem, onde graças ao Photoshop foi possível dar à pintura um outro ar, com personagens de maior atualidade e que tem influído e alguns ainda influem, por sorte ou desgraça, as gerações atuais.


quinta-feira, 8 de março de 2018

Década Internacional de Afrodescendentes / Unesco



“Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”
Assembleia Geral, por meio de sua Resolução n. 68/237, de 23 de dezembro de 2013, proclamou a Década Internacional de Afrodescendentes, com início em 1º de janeiro de 2015 e fim em 31 de dezembro de 2024, e com o tema: “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”.
O principal objetivo da Década Internacional consiste em promover o respeito, a proteção e a realização de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais de afrodescendentes, como reconhecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A Década será uma oportunidade para se reconhecer a contribuição significativa feita pelos afrodescendentes às nossas sociedades, bem como propor medidas concretas para promover sua inclusão total e combater todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e qualquer tipo de intolerância relacionada.
A Década terá como foco os seguintes objetivos:
  • Fortalecer a cooperação e as ações nacionais, regionais e internacionais relativas ao pleno gozo dos direitos econômicos, sociais, culturais. civis e políticos pelos afrodescendentes, bem como sua participação plena e igualitária em todos os aspectos da sociedade;
  • Promover um maior conhecimento e um maior respeito aos diversos patrimônios, culturas e contribuições de afrodescendentes para o desenvolvimento das sociedades;
  • Adotar e fortalecer marcos legais nos âmbitos nacional, regional e internacional, de acordo com a Declaração e Plano de Ação de Durban, e com a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, bem como garantir a sua implementação total e efetiva.
A Década Internacional permitirá que as Nações Unidas, Estados-membros, sociedade civil e outros atores relevantes se juntem aos afrodescendentes e tomem medidas efetivas para a implementação do programa de atividades, com o espírito de reconhecimento, justiça e desenvolvimento.

Projetos e Tecnologia

Você gosta de desenhar?
Você toca algum instrumento?
Faz amizades com facilidade?
Sabe quais são suas habilidades?

Durante as aulas de Projetos e Tecnologias no Colégio Univap Aquarius, os alunos do Ensino Fundamental II, tem um espaço para desenvolver e apresentar para os colegas, suas habilidades e competências. Aquilo que eles sabem fazer com facilidade!
O Objetivo desse espaço é que o aluno possa se mobilizar para que suas habilidades possam ser reconhecidas e aprimoradas.
E para aqueles alunos que assistem a apresentação, criar a vontade, o desejo, e o sonho que para dançar, tocar um instrumento, pintar, cantar, falar em público, entre outras atividades, são habilidades que podem ser aprendidas com treinos.
#Vocêécapazacredite.

Disciplina de Projetos e Tecnologia
Colaboração: Rosane Correa